Os cheiros das ervas aromáticas da serra provençal, as cores das pequenas aldeias típicas dos quatro cantos da região, os jogos selvagens da petanca, o canto das cigarras no verão, o sabor da tapenade produzida pelo artesão local... Tudo isto mostra até que ponto a Provença desperta os sentidos. A Provença é antes de tudo uma arte de viver onde todos sentem um certo orgulho em transmitir as suas raízes provençais.

Através do Félibrige, Frédéric Mistral, para citar apenas um, codificou a língua provençal e criou o primeiro dicionário franco-provençal: Tresor dóu Felibrige. Artistas famosos contribuíram para a sua fama: Marcel Pagnol, Jean Giono, Edmond Rostand, Fernandel, Raimu, Charpin, Henri Alibert, Gilbert Bécaud, Paul Cézanne, César Baldacchini, Pierre Puget, Henri Espérandieu…

A Provença mantém vivas tradições ancestrais como a festa de Natal com o seu presépio e as suas estatuetas, a festa do Carnaval, durante a qual o boneco "Caramentran", culpado de múltiplos males, é queimado na fogueira.

Os provençais também são uma das suas riquezas: muito apegados à sua região, gostam particularmente de boa comida. Da serra ao litoral, a cozinha provençal seduz pelos seus múltiplos sabores: no verão, os coloridos e perfumados mercados representam uma verdadeira cornucópia e são muito apreciados. Esta cozinha local, que combina muitos vegetais e frutas ricos em vitaminas, carne e peixe, azeite e ervas, é saudável e saborosa. Este artigo estaria, portanto, incompleto se não tivéssemos nos interessado por ele.

Do "Vaucluse" ao "Drôme", as grandes extensões cobertas de lavanda estão entre as mais belas paisagens da Provença. A oportunidade de viajar por um campo com aromas deliciosos, mas sobretudo de descobrir uma cultura e um patrimônio únicos.